28 abril, 2011

Canto

Canto um canto

De canto encantado
Conto o conto
Cantando e contando
Conto os dias
Conto as horas
Olhando os olhos
De quem me vê
Canto canções inventadas
Canto com uma orquestra
Imaginável e anjos voando
Sorrindo e esperando
No canto meu de viver
Minha poesia é graça e
Meu encanto é você!
Foto: Marina Antunes Polak.

25 abril, 2011

Gritos



 Gritos gritados 
.não falam
. calam
. dor
. horror
. solidão
. treva
. ira
. abafados
. amedrontam
. estúpidos  
. vazios
. modificam
. exasperam
. distanciam
. silenciam
. ferem
. gritos nos separam

22 abril, 2011

Sem você amor

Sem você me sinto sem eu
fico no automático.
Não vejo razão, emoção...
Sinto-me sem chão.
Tudo aqui é vazio, falta ação.
As coisas já não são.
O espaço é oco.
Sem você sou bem pouco.
Levo-me até você e lhe deixo
a metade de mim...
Mas sem você aqui,
me sinto sem mim.
Não vejo a graça de ser
sem o meu amor.
Dias como o de hoje, 
me faz perceber a distância 
entre nós... Distância de 
tempo, de presença. 
Não de sentimentos, 
de pura saudade.

20 abril, 2011

Meu interesse

Quero amizades com interesse
Quero o melhor...
Aprender tudo de ti...
Escolho os bons,
sei distinguir...
O que é melhor entre ir
entre vir:
a melhor palavra, apoio,
falar, ouvir, rir alto, ser feliz...
Se precisar chorar: soluçar...
Ter ombro, ter colo, ter o teu
interesse em me ouvir.
Meu interesse é saber que
posso contar minha vida e
não te chocar com minhas falhas,
com meus deslizes...
Porque meu interesse é ser
O que sou...
Meu interesse é te amar amigo
como tu és...

Ponte...

Existe uma ponte entre nós,
nem sempre transitável.
Algumas vezes fechada,
para abri-la empurre
o destroço,
serre a corrente.
Não me deixe ausente,
arraste-me...
Basta uma palavra
e todo horizonte
estará a nossa frente.
Estenda a mão,
seguro serei em atravessar.
Serei capaz de te levar
nos braços...
Basta uma palavra e
enfrento toda tormenta.
Basta um gesto e te levarei.
Basta um gesto e chegarei
no fim.

19 abril, 2011

Viver em seu coração

Perdi o controle
Escapei de mim
Fugi da calma
Magoei minha alma
Entrei contramão
Magoei seu coração
Mas foi sem intenção
Não penso para agir
Escapo de mim...
Saio da direção
Enfrento minhas sombras
Confundo medo com solidão
De verdade?
Não sei viver por viver
Só sei viver para você...
Vou me refazer
Vou me entender
Vou me pertencer
Desde que seja com você...
Perdoe minha insensatez
Não me julgue sem perdão
Eu só quero viver em seu coração... 


Foto: Marina Antunes Polak.

18 abril, 2011

Será?!


Será?!


Saí nua pelas ruas, numa nudez estranha, sem pudor. Logo eu que sempre tive vergonha, mas mesmo assim fui falar com a natureza, perguntar o que falta ou o que está demais. Depois sentei no asfalto gelado; de frente para os carros, olhos abertos, coração pulando mais que o normal e me fiz de surda (mais surda). Em seguida entrei num bar, pedi a bebida mais pura: água mineral. Eu preciso mostrar minha lucidez, sem drogas, sem álcool... Talvez me vejam como louca ou sei lá o que! Eu preciso mostrar minha indignação para tanta falta de escrúpulos, de amor... Dá pra ser menos num mundo onde tudo é mais? Mais caro, mais rico, mais bonito, mais, mais...  O único mais que consigo é ser mais uma nas filas, na espera, na ilusão... E por falar em fila, lá estava eu na fila de um caixa de um supermercado. Sabe aquela promoção que lá na prateleira existe e no caixa não? Esse respeito está faltando muito por aqui. E a palavra, aquela que revela seu caráter, existe? Tive uma educação em que isso era fundamental, sim para o sim, não para o não – hoje ouço muito: talvez, mais ou menos, quem sabe... De repente assisto uma cena de um pai e filho (conhecidos meus) numa discussão tão baixa; senti vergonha, pena, tamanha foram as agressões físicas e verbais. Senti saudades dos meus dias com meus pais. Só de nos olharmos sabíamos o significado. Nunca íamos dormir sem o perdão, sem a benção. Quer amor melhor que esse? O que realmente falta é o direito de ir e vir, saber a hora de falar, calar. Tudo deveria ser como ir ao cinema: pago, entro, se não estou gostando, me retiro em silêncio, simples assim. Mas não, é como se os outros precisassem saber, ou ver o estardalhaço. E estou vendo isso: uma senhora fazendo o maior drama porque a vendedora não acha o número do sapato que ela quer. Porque o outro “fechou” o motorista do carro importado. Porque o garçom esqueceu o pedido. Porque o “delegado” se acha o “dono” do estacionamento. Porque o médico é “safado”. Porque o “político” cobra “algum”. Ando, a chuva começa a cair, a sujeira das ruas se acumulando e fazendo uma barreira, como de um combate.  Acho que estou em um mundo medonhamente estranho daquilo que deveria ser. Vejo “homens” matando por puro preconceito, por farra, ou simplesmente por não aceitar a opção de vida de outra vida. Estou com frio, medo e tudo parecem longe demais da minha casa e é lá que eu deveria estar. Vejo-me tentando atravessar a rua e o barulho da tempestade atrapalha meu andar. Viro, vejo água por todo lado, carros, casas, pessoas como folhas ao vento. Corro em direção contrária. O medo me consome, minha voz não sai... Entendo minha nudez. Estou friamente morta para o mundo. Não posso suportar tamanha destruição... Mas o medo congela meus olhos, começo a suar, tremer... Socorro! Ajudem-me, não sei pra onde ir, não tenho no que me agarrar. Tudo é muito estranho; vejo pessoas caindo, sangue, destruição... Acordo! Com o coração saindo pela boca. Graças a Deus foi apenas um sonho ruim, um pesadelo. Será?!

Intenso

A beleza de ser o que você é
Faz-te único em meio a tantas dores
Nada é em vão e coisas sem explicação
São por si comento de momentos incertos
Mas haja em você o que mostra os olhos
Certeza de crer, certeza de poder
Muito pra viver, muito para aprender
Haja tempo pra eu te ver
Lá na frente, de braços abertos
De coração certo na escolha
Escolha de lutar e vencer
Com a mesma beleza de ser
O que você é: intenso!


Foto: Marina Antunes Polak.


14 abril, 2011

Talvez...

É, talvez o mundo não esteja girando conforme o que você gostaria.
Talvez ele esteja rápido ou devagar demais.
Talvez essa dúvida nunca seja respondida.

Talvez todas as noites difíceis sejam um sinal.
Talvez um sinal de provação, talvez não.
Talvez para relembrar que coragem somente não basta se não tivermos fé!

Talvez não recebamos um bom dia todos os dias.
Talvez alguns amigos nos magoem às vezes.
Talvez algumas datas sejam esquecidas...
Talvez o cansaço domine a todos nós.

Mas talvez só precisemos voltar a ser crianças,
E ouvir mais uma vez a cor dos pássaros.
A fantasiosa cor dos pássaros.
Sim, ouvir a cor.
Criar, delirar, inventar... Mergulhar.

Ouvir o suspiro do vento, ouvir sua dança nos galhos.
Ouvir um suspiro de alegria.
Ouvir e sentir um sorriso, mesmo se nós estivermos de olhos fechados.

Talvez... Sejamos nós a noz na àrvore, prontos para sermos (a)colhidos.

Bom, o tempo não volta, não para, não é revivido.
O tempo estala, corre, dá choque, dá medo, mas dá presente.
Faz o Sol continuar nascendo lá fora.
Deu à Deus tempo suficiente de te criar exatamente como é e te colocar em nossas vidas, e nos fazer agradecer sempre por isso. Te fez incrível.

Te fez mãe, filha, esposa, amiga, irmã, sobrinha, neta, conhecida, linda, inteligente, ouvida, entendida, decidida... Amada.

Ei, respire.
Viva cada momento hoje, cada momento sempre.
Parabéns hoje, parabéns sempre.
E ainda, obrigada hoje, obrigada sempre.
Muitos anos de vida pra curtir o tempo e o que ele trás: todas as preciosidades da vida...
Pois o tempo nos ensina a viver, a perder e a ganhar.
A compreender que a vida não pára.

E te fez assim, guerreira.

Te amo muito!

Marina.

[Parabéns mãe! Todas as coisas boas do mundo pra você! Presentes, brigadeiros, saúde e paz... E também o nosso amor. Te amo muito.]

Meu espelho


Meu espelho me mostra outro ser e ainda assim eu mesma. Diferente nas formas, no semblante, mas ainda eu. Talvez mais atrevida, menos destemida, mais certa do que quero, do que posso fazer...

Vou me atrevendo nas escolhas, usando o melhor de mim e aprendendo a lidar com o pior de todos. Ainda vou atravessar muitas pontes, enfrentar muitos desafios e com coragem lutar pelo melhor para mim, para os meus e também para os seus, porque não sou ilha, sou família, sou gente.  Sou tudo que eu posso ser, sem atrapalhar outro ser. Sou aquilo que se chama coragem, sou vaidade, sou aprendiz, sou criatura estranha, sou lama, sou livre, sou presa, sou pó... Mas não sou só, tenho muito de muitos. Pessoas de alma, às vezes com calma, mas muitas vezes com pressa. Pressa de fugir do pior que possa existir: o eu de cada um.
Tomara que meu espelho me diga sempre quem sou, sem deixar escapar o meu melhor valor... Aceito que posso muito mais que o meu ego pode ter: o verdadeiro amor. Amor sem vaidade, somente amor.

12 abril, 2011

Faça a sua parte


Eu explico: trabalhei em uma seguradora, mais precisamente no oitavo andar. Todos os dias quando eu entrava no elevador no térreo, que vinha do subsolo, eu cumprimentava as pessoas com um BOM DIA! Com exceção do “seu Oscar” – ascensorista - os demais nem sequer me olhavam. E de segunda a sexta-feira era o mesmo ritual e o mesmo “gelal”. Um dia o seu Oscar, me perguntou por que eu insistia em desejar bom dia, se ninguém me retribuía. Respondi: Faço a minha parte!
No dia seguinte, tive uma grata surpresa, mal coloquei os pés no elevador e todos juntos: - BOM DIA!

Aprendi

Aprendi que: 
Posso deixar algumas coisas para depois. 
E que também não posso deixar algumas coisas para depois. 
Que posso descansar ao meio de um turbilhão de coisas. 
Que posso te deixar descansar em mim. 
Que o importante é dizer a quem amo, o quanto amo.
Quem nem tudo depende de mim.
Que esperar o inesperado às vezes é o melhor fim.
Que nem tudo acaba, fica em um ponto novo para ressurgir: fé.
Que posso estender minha mão e tocar a mão de Deus.
Que não sou somente um eu, existem outros “eus” em cada um de nós.
Que o silêncio, fala tanto quanto o brado.
Aprendi mais de ti, quando esqueci um pouco de mim.
Que mesmo não te vendo, você vive aqui: lembrança.
Aprendi que posso errar e me perdoar.
Que tenho muito mais para agradecer do que pedir.
Aprendi que sou pensante, errante, mas posso ser feliz.
Aprendi que não sou nada sem você caminhando ao meu lado.

11 abril, 2011

Agradeço


Como é bom encontrar na vida, outras vidas...

               Eu só tenho a agradecer a tantas pessoas que me ajudam, sem ao menos imaginar o quanto uma palavra, um comentário, por mais simples que seja me deixa assim: fortalecida. Não de uma importância prepotente, egoísta. Não! Mas é algo que me transforma. Leva-me a crer nos sentimentos e muito mais em mim mesma.  Por conseguir expor o que sou o que penso e o que espero alcançar. Alcançar crescimento como pessoa, aprender mais de ti, de mim... E conseguir somar alegrias, dividir dores... Alegrias de ver nas palavras o lado bom nosso de cada dia e dividir as tristezas de perdas, de sentimentos...
Vamos nós, nas letras trazermos esperança, lembrança, sonhos... Trazer o melhor de um mundo particular, mas de todos nós: vidas, sorrisos, alegrias, histórias...

Quero II


Não sei o que preciso fazer para alcançar seu coração. Não sei como você me classifica, nem mesmo se tenho a mesma importância na sua vida.  Às vezes penso que isso nada significa, mas caio em contradição, sinto falta de ser e fazer parte do seu caminho, das suas decisões.
O que preciso fazer? Como posso viver sem saber se possuo um pedacinho do seu querer?



Quero caminhar de mãos dadas...
Quero andar, sem pisar só em espinhos.
Quero falar ao vento.
Quero colher minha própria tempestade.
Quero me acolher em encanto do meu canto particular.
Quero buscar a verdade sem disfarce, sem pretexto.
Quero poder rir de mim, quero sorrir de verdade.
Quero esquecer que os dias acabam.
Quero ser dona das minhas vontades.
Quero compartilhar, quero dividir...
Quero ter um alguém que faça por mim o que eu faço por ti.
Quero alcançar o seu coração.

07 abril, 2011

Egoísmo

Quisera eu te alcançar
Poder ser mais você
Ser menos eu
Sentir todo sentimento
Toda força
O certo de mim
O errado de ti
E ainda assim
Querer-te
Querer-me
Mais que menos
Alcançar a serenidade
De ser o que somos
Ser mais ternura
Ser menos causa
Ser mais coração
Assim vencer
O pior de nós:
O egoísmo
Descobrir e cobrir
Toda negação
Pois mais vale
Os meus defeitos
Os seus defeitos
Do que mentir
Para o coração

06 abril, 2011

Zuleica




               Normalmente, chego ao trabalho mais cedo, antes mesmo dos outros colegas. Porém, o Nelson que geralmente chega bem depois, já estava e parecia atento aos afazeres e de repente me chama para me mostrar uma cachorrinha que havia aparecido na oficina. 
                    Segundo o Nelson, que dizia entender de cães, era de raça. Entramos numa disputa ferrada para ver quem ficaria com a cachorra.
                        Comprei uma coxinha, coloquei água, afaguei. Ele apareceu com ração, coberta, pratinho próprio (não sei da onde ele tirou tais apetrechos).
             Continuamos na dispusta: Ele falava que a viu primeiro, portanto, era dele. Eu falava que era minha. 
                 Como a oficina era aberta, não tínhamos como mantê-la. Ele todo solicito sugeriu que eu a deixasse na Kombi dele, claro que eu teria que limpar depois.
                 Passamos o dia na maior discussão. Indo toda hora levar água fresca, ração. 
                 No final do expediente o Nelson disse que eu deveria ficar com a cachorrinha e até nos levaria para casa, desde que eu lavasse a Kombi, colocasse o combustível, pagasse a cerveja. Aceitei, afinal era de raça.
              Passaram alguns dias fui com minha mulher almoçar na casa do Nelson.
              Conversa vai, conversa vem a mulher dele me pergunta como está a Zuleica. Fiquei sem saber de quem se tratava. Já a minha mulher teve um chilique:
             – Quem é Zuleica? Você está aprontando? Quem é essa tal de Zuleicaaaa?
              Não sei!
             Foi uma situação difícil. Sabe mulher quando despenca no falatório? E já estava pronta para ir embora.
            O Nelson tentava mudar o assunto, mas a mulher dele insistia e a minha me fuzilava com os olhos. Foi quando ele não aguentou e começo a rir, dizendo que a Zuleica era a cachorrinha que, gentilmente – me deu.
        Conclusão ele fez toda aquela cena para se desfazer da cachorra que por sinal, era uma peste. Tirava roupa de varal, revirava lixo, comia sapato... Fiquei tão p. com ele que me fez lavar o carro, pagar o combustível e as cervejas e ainda por cima cuidar daquele animal insano. Na mesma hora fui para casa e trouxe a Zuleica de volta.


Mas fala sério, que amigo da onça ou da Zuleica?

05 abril, 2011

?

Tenho umas coisas estranhas... Às vezes penso que eu não sou eu.
Tenho que sair de mim para fazer o que precisa ser feito.Ser muitas em uma e fazer coisas que jamais faria se pensasse um pouco mais. Falo o que devo e mais ainda o que não devo. Normalmente abobrinhas, chuchus... São saladas de confusões. Me escondo de mim. Não gosto de magoar e acabo magoando e bem pior me magoo muito mais. Mais por não poder ser o que realmente sou. Coisas estranhas faço e escapo e o mais estranho é que pessoas que sabem do que sou capaz não entenderem o meu comportamento insano. Sim sou insana de querer bem, amar demais e desejar somente o bem. Envolvo-me num envolto de amargura. Não sei onde alcançar o meu melhor para te fazer feliz. Quem sabe deixar de ser o que sou e ser somente eu. Com todos os ais, ainda que te deixe assim uma interrogação. É isso o que realmente sou.

Vamos vencer

O olhar que fala
Sem nenhuma voz
Mas grita
Em esperança

Só mostra o querer
O sim da sua vida aqui
Em meu coração
Existente e pulsante

Na verdade maior
Saber viver...
E a maior importância
Acreditar, acreditar...

Admiro-te pelo que és
Pelo alento na afeição
Dos seus olhos para
Falar-me sem nada dizer
Que iremos vencer!

Eis me aqui

Eis me aqui
Onde posso
E posso muito
Mais do que sei
Mais do que suporto
E com todo alento
Pela coragem
Que me ergue
Pela prece que me guarda
Pela fé que tenho
Pela ajuda de muitos
Pelo amor que recebo
Pelo amor que sinto
Eis me aqui
Pronta para te abraçar
Desdobrar-me em muitos
Só para te ver bem
Meu bem...
Eu sempre estarei aqui!

01 abril, 2011

                Eu posso ir até onde posso depois não me cabe, mesmo cansada não me permito desluzir e principalmente deixar de agradecer aos muitos amigos perto, amigos longe que assumiram comigo essa esperança, essa corrente... Também não posso deixar de agradecer a Deus pela vinda de minha mãe, que assumiu minha casa, meus cachorros...
Tudo é uma questão de passo a passo, uma coisa de cada vez. Na verdade fazemos o que nos cabe, o que podemos. Depois Deus continua o que não podemos. Isso me trás um baluarte  para minhas inquietações. Claro que sofro, tenho medo e constantemente me lembro que sou um absurdo de preocupações e bem por isso me entrego nas mãos de quem tudo sabe e pode: Senhor faça o que não posso fazer.

O desespero é um companheiro não bem-vindo. Eu já mandei embora.