29 junho, 2011

Não desisto...

Eu aqui no frio
Frio de alma
Sem calma

Sem cama
Na lama

Ventania
Valentia?

Congelou
Desmoronou

Chorei
Acreditei

Aqueci
Revivi

Sou aprendiz
Tenho cicatriz
Mas nunca desisto de ser feliz


* Sou eu tentando me levar, acreditar...

25 junho, 2011

Ofereço amor

Minha solidão é opção
de vez em quando me isolo
fico só 

Aproveito para me ver por
dentro e tiro o que não me convém
espio o meu coração

Canto bem baixo
respiro com o som
enxergo minhas verdades

Apago minhas mentiras
refaço meu gráfico
passo a limpa meus desejos

Entrego-me na paz
encontro com Deus
e tenho mais para oferecer

Ofereço amor...

Foto: Marina Antunes Polak.

21 junho, 2011

Amo-te

Amo-te de verdade
sem maldade e com
paixão


Amo-te com defeitos

Com todas as limitações
no muito e muito mais
no pouco

Amo-te na medida certa

Com todos os nãos
como pão no leite
com todos os deleites

Amo-te na pureza do teu ser

Como criança pequena
como história encantada
como canção de ninar

Amo-te como gente grande

Na presença
no respeito da ausência
amo-te por me amar

15 junho, 2011

Calor do amor


O frio lá de fora entra pelas frestas.
Mas não ameniza o calor.
Muito menos congela o ardor.
Entra sem pudor, sem receio.
Invadem nossa cama, nossas noites.
Fala uma linguagem cínica, fria.

Assola nosso cerne, nosso eu.
Compete com o silêncio e com o breu.
Não se assenta só no chão.
Entra como ruído:
Feito reza, feito mágoa.

O gelo que vale o vale que já foi verde.
O gelo que os olhos choram.
O gelo que a boca treme.
O frio que as mãos de bondade tecem.
Tecem não somente roupas, mas afeto!

Sai o esmo, entra a flor.
Traz o sol e aquece-me a face.
Aquece com calma,
O nosso amor.

Frio algum congela.
Os amores que me batem à porta.
São mais de um.
São tantos que não sei contar.
Muitos abraços.

Dos amigos, da raiz.
Pois, o que tira o frio é o calor.
Calor do aconchego.
Calor do amor.

14 junho, 2011

Folhas ao vento

Ouço o vento
e nele o encontro e
desencontro das folhas.
Quase uma oração
entoada pela força
pela imensidão do
Vazio.
Vejo as folhas soltas
e meus pensamentos
também voam.
Levo-me no ar
e na prece te peço
para voltar.
Então meu coração
canta um ritmo antigo.
E com ele me deixo
sonhar.
Folhas ao vento
é alguém que não me soube
amar.
Então, o deixo ir
como folhas...


Foto: Tauan Antunes Polak - Praga

Embrulho



  
Sinto uma dor fria.
Fria como a chuva.
Embrulho o alface,
mastigo o talo.
Viro a cadeira,
calço o sapato.
Remexo o prato,
engasgo com o pão.
Retiro-me.
Não suporto solidão.
Cato um livro,
viro as páginas,
em vão.
Abro as janelas,
a chuva ainda cai.
O vento vai
e leva meu temor.
Já não estou só:
Chegou o meu amor.
chegou o meu amor.

Refúgio


Quero me refugiar nos seus abraços.
Encantar-me com suas palavras.
Descansar no seu afeto.
Verdades de ti.
Encontro para mim.
Acho-me em você.
Ganho no seu querer.
Anseio o desejo.
Desejo o seu bem.
Bem viver.
Eu e você.
Verdades ditas.
Sentimento sentido.
Verbo mais que querido:
Amar.
Verbo vivido:
Viver.
Meu refúgio é você.

09 junho, 2011

Mico – A viagem

                 Alguns meses atrás fui para o interior visitar meus pais. Fui de ônibus, sozinha, livre, linda e dona de mim.




                 Uma viagem rápida, de uma semana apenas. Apesar disso, foi bom rever alguns amigos, família, lugares. No domingo fui com meu irmão Fábio para rodoviária comprar minha passagem de volta. Pedi para quarta-feira. O atendente confirmou dia 13 de abril, confirmei e saímos.
        Na data marcada lá estava eu e mais algumas bagagens de volta. Sempre procuro novidades e acabo voltando com no mínimo duas malas a mais. Meu ônibus (até então era meu ônibus) sairia às dezesseis horas. Fiquei conversando com meu irmão e minha mãe até o motorista ligar para sair. Entrei com todos os passageiros já instalados, e com direito a acenos e algumas lágrimas nos olhos (os tchaus são sempre tristes). 
            Minha poltrona era a de número nove. E para minha surpresa havia uma moça sentada no “meu lugar”. Com minha educação peculiar, falei que aquela poltrona (na janela) era minha. Ela pegou o bilhete e mostrou que também estava marcada com a poltrona nove. Não deu outra: Lá fui eu falar com o motorista que já estava saindo e que teve que parar para "desvendar" duas pessoas no mesmo número. Eu toda cheia de razão dizia que não abriria mão do meu lugar na janelinha.
              Minha família, que aguardava a saída do ônibus fazia sinal e eu dava tchau. Ao verificar minha passagem, o motorista me diz em alto e bom tom para todos ouvirem:
– Sua passagem é para amanhã, senhora!
"Gentem", vocês não imaginam a minha “cara de tacho" ou sei lá o quê. Com todos me olhando, rindo. E a moça com aquele ar de dona da situação e da razão.
Ah! Claro que fiz um pequeno discurso: Olha aqui, eu não errei! Eu preciso ir para casa hoje, porque amanhã tenho que trabalhar. E como se nada tivesse acontecido, olhei para a moça e perguntei:
– Você não quer trocar de passagem comigo?
– NÃO! Respondeu ela.
        Abaixei a cabeça para sair. Todos os outros estavam vaiando pelo atraso e pelo meu erro.
            Virei-me e alto perguntei:
    – Vocês nunca se enganaram? Nunca erraram?
    E mais: pedi mil desculpas à moça e ao motorista (que era bem histérico, por sinal) só pelo meu engano com a data antecipada ou atrasada (nem sei se foi minha) ou do vendedor. 
        De qualquer forma, o motorista teve que abrir o porta-malas para eu pegar minhas bagagens. O pior de tudo foi aguentar meu irmão chorando de rir com a cena.

    O que quero dizer é que todos nós cometemos erros. O mais importante é reconhecermos e pedirmos desculpas.



08 junho, 2011

Miguel e Adriana

Menino, homem, amigo...
Intimo do meu ser
Gente feito anjo
Unico, sem igual
Eterno no meu coração
Luz da minha razão

A minha vida começou depois de te conhecer
Dias e noites, sua presença preenche com
Risos e rosas...
Igualamos os sonhos
Antes e sempre seremos
Nós dois
Amantes do nosso amor.

06 junho, 2011

Achei-me em você

Quebrei meu coração
Risquei minha razão
Soltei sua mão
Voei sem direção
Busquei solução
Sonhei em vão
Mas tive paixão

Colei meu coração
Salvei minha razão
Busquei outra mão
Caminhei na tua direção
Achei solução
Vivi outra paixão
Achei-me em teu coração




Tantos "ãos" me deu vontade comer pinhão!



Foto: Marina Antunes Polak.
Olho o céu
O céu me olha
Ando na rua
A rua me leva
Durmo na cama
A cama me revela
Sonho e idealizo
Conduzo meus anseios
Escolhi-te
Acho-te perfeito
Amo e te convido
A amar sem receio
Viva em mim
O seu desejo


                          

01 junho, 2011

Não mais...


Se você me esquecer
Não mais serei eu
Não terei mais chão
Não terei razão

Se eu te esquecer
Não mais sentirei
Não mais existirei

Se nós dois esquecermos
A vida já foi...

Fala




               Veja-me como alguém.
Não me julgue por ninguém.
               Seja capaz de distinguir.
Seja sua palavra uma só.
               Apenas saibas como dizer.
Ou apenas se cale.
Não tente se defender.
Não julgues pela aparência.
Tenha tolerância;
Tenha humildade...
               Olhe-me como sou.
Não sou melhor que você.
               Apenas não digo o que não sei.
Espero-te na sua melhor fala: desculpa!